O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) reconheceu, nesta segunda-feira, 25, o Tocantins nacionalmente como livre de febre aftosa sem vacinação. Ao todo 16 estados e o Distrito Federal foram abrangidos pela Portaria nº 665, de 21 de março de 2024, que traz ainda outras diretrizes. O Estado conta com mais de 11,5 milhões de bovinos e bubalinos distribuídos em cerca de 100 mil propriedades rurais.
O governador Wanderlei Barbosa ressalta que o reconhecimento é uma grande conquista para o Tocantins, pois chancela a responsabilidade de um setor que movimenta a economia com ações e produtos de altíssima qualidade. “Fortalecemos a defesa agropecuária com investimentos, fizemos um trabalho intenso para atender todas as exigências e agora colhemos os frutos que abrirão ainda mais o comércio exterior para a carne tocantinense”, afirma.
O presidente da Adapec, Paulo Lima, frisaque a notícia era muito esperada e é resultado de um trabalho que tem a participação de toda cadeia produtiva e atenção especial do Governo do Tocantins. “São mais de 30 anos buscando a excelência na agropecuária, estamos no caminho certo. Passamos por auditoria de segmentos, vigilância ativa e alcançamos altos índices de declaração de informações pecuárias após a suspensão da vacinação, bem como recebemos investimentos do governador que foi sensível aos avanços necessários”, assegura.
Além do Tocantins, também receberam o reconhecimento os estados do Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, São Paulo, Sergipe e o Distrito Federal.
A portaria, dentre outras diretrizes, prevê a proibição do armazenamento, a comercialização e o uso de vacinas contra a febre aftosa, além da proibição do ingresso e a incorporação de animais vacinados contra a febre aftosa nos estados citados, com ressalvas.
O Tocantins foi autorizado a retirar a vacinação contra a febre aftosa a partir de 2023. Desse período até o momento foram realizadas diversas auditorias de segmento com o Mapa; vigilâncias ativas nas propriedades rurais; incentivo a declaração de informações pecuárias e orientações de forma continuada aos produtores rurais e empresários. Além disso, está em andamento um estudo soroepidemiológico para comprovar a ausência de circulação viral.
O próximo passo é receber o reconhecimento internacional da Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa) como livre de febre aftosa sem vacinação.
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