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Chico Rodrigues contesta declarações de Macron sobre acordo Mercosul-UE

O senador Chico Rodrigues (PSB-RR), em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (8), contestou a fala do presidente francês Emmanuel Macron d...

08/04/2024 18h51
Por: Redação Fonte: Agência Senado
 - Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
- Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O senador Chico Rodrigues (PSB-RR), em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (8), contestou a fala do presidente francês Emmanuel Macron durante visita ao Brasil sobre o pacto comercial entre o Mercosul e a União Europeia.

O parlamentar lembrou que Macron, “em clara defesa dos interesses econômicos e políticos internos da França”, propôs a revisão do acordo atual entre os dois blocos econômicos. O presidente francês argumentou que o texto não trata do meio ambiente e da biodiversidade, o que considera "um péssimo negócio" tanto para brasileiros quanto para franceses.

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— O meio ambiente, é isso que interessa aos franceses, que não se cansam de sentir inveja do gigantismo da Amazônia. Na verdade, como eles dizem, nós somos o pulmão do mundo e, se nós somos o pulmão do mundo, eles que ajudem a manter esse pulmão limpo para que eles possam respirar. É um recado que vai àqueles que, na verdade, insistem em tentar dificultar a nossa produção, o nosso desenvolvimento e a exploração racional das nossas reservas estratégicas — disse.

Segundo o senador, as palavras de Macron geram preocupação, uma vez que os esforços para reduzir ou eliminar tarifas de importação e exportação entre os dois blocos já duram duas décadas. Chico Rodrigues alertou que uma mudança neste momento pode ser prejudicial para alguns setores.

— Começar um novo acordo do zero é desconsiderar todos os avanços e consensos obtidos até aqui para atender pressões internas imediatistas. Somos uma economia emergente que precisa de acesso aos mercados mais ricos do mundo para crescer. Caso as negociações fracassem, certamente perderemos a possibilidade de diversificar os nossos parceiros comerciais e de reduzir a nossa atual dependência da China, país que importa a maior parte dos nossos produtos agrícolas, cerca de 36% — destacou.

O senador enfatizou que, diante da crise global de alimentos, os países da União Europeia deveriam considerar a importância da produção agrícola brasileira para garantir a segurança alimentar mundial.

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