Estudo reúne informações sobre o saber-fazer da cachaça em Arraias, Novo Alegre, Combinado, Aurora e Taguatinga
Um dos símbolos da tradição e da cultura, a cachaça artesanal da região sudeste do Tocantins carrega o sabor da história e do trabalho das famílias alambiqueiras. Com esse olhar de valorização do fazer cultural, na manhã dessa quarta-feira, 8, a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) recebeu o Livro-Relatório do Mapeamento dos Locais Produtores de Cachaça Artesanal da Região Sudeste do Tocantins e um exemplar da cachaça artesanal produzida no município de Combinado.
A entrega foi realizada pela professora da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e coordenadora do projeto, Adriana dos Reis Martins, acompanhada da coordenadora adjunta, Roseli Bodnar, e da professora do curso de Teatro da UFT, Karylleila Andrade. Elas foram recebidas pela secretária interina da Cultura, Valéria Kurovski; pelo superintendente de Fomento e Incentivo à Cultura, Antônio Miranda; e pela gerente de Acervos e Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural, Alline Alves Santos da Silva.
A secretária interina da Cultura, Valéria Kurovski, ressaltou que o projeto contribui para a valorização do patrimônio cultural imaterial da região e reforça o papel da Secult na preservação das identidades regionais. “A pesquisa reconhece e valoriza o saber-fazer dos produtores de cachaça artesanal, uma tradição profundamente enraizada na cultura da região sudeste. A Secult tem interesse em apoiar a continuidade desse trabalho, entendendo que o reconhecimento da cachaça como patrimônio cultural imaterial é também uma forma de preservar e proteger o saber e o fazer cultural do Tocantins”, afirmou Valéria.
Durante a entrega, a professora Adriana destacou a importância do trabalho de mapeamento e a relevância da valorização cultural da cachaça artesanal.“Esses artigos retratam a localidade, o modo de produção e também aspectos culturais relacionados à música e às tradições que envolvem a cachaça. É um material que mostra o olhar sobre esse fazer artesanal e o que ele representa para os municípios”, explicou a coordenadora.
Continuidade do projeto
Na ocasião, também foi entregue à secretária um ofício em que a UFT propõe nova parceria para dar continuidade ao projeto, com foco na elaboração do Dossiê da Cachaça Artesanal da Região Sudeste do Tocantins. O documento é o próximo passo para fundamentar o reconhecimento oficial do saber-fazer da cachaça artesanal como Patrimônio Cultural Imaterial.
Segundo Adriana dos Reis, essa nova fase será mais técnica e detalhada, conforme os parâmetros do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). “O dossiê é o instrumento que permitirá dar entrada no processo de patrimonialização da cachaça. Por isso, trouxemos o ofício solicitando a parceria da Secult, para que possamos dar continuidade a um projeto que já nasceu dentro da Secretaria e que tem grande relevância para a cultura tocantinense”, complementou a coordenadora.
Mapeamento
O mapeamento contemplou visitas técnicas, entrevistas com produtores locais e o levantamento de relatos orais de mestres e fazedores de cachaça, responsáveis por preservar práticas e saberes transmitidos entre gerações nas cidades de Arraias, Novo Alegre, Combinado, Aurora e Taguatinga. O levantamento foi realizado pela Universidade Federal do Tocantins, em parceria com a Secult, com financiamento do Fundo de Cultura do Estado.
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