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Rodrigues alerta para riscos do vício em jogos e apostas virtuais

Em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (21), o senador Chico Rodrigues (PSB-RR) alertou para os riscos do vício em jogos on-line e apostas...

21/10/2025 18h16
Por: Redação Fonte: Agência Senado
 - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
- Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (21), o senador Chico Rodrigues (PSB-RR) alertou para os riscos do vício em jogos on-line e apostas virtuais — ludopatia. O parlamentar citou dados da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), divulgados em abril, segundo os quais cerca de 11 milhões de brasileiros estão em situação de risco. O estudo aponta que quase 1,5 milhão já apresentam dependência grave em jogos. Rodrgues destacou ainda que, entre junho de 2023 e abril de 2025, houve aumento no número de benefícios de auxílio-doença concedidos por ludopatia.

— O número de benefícios de auxílio-doença concedidos por ludopatia cresceu 2.300% entre junho de 2023 e abril de 2025, alcançando 276 casos registrados apenas nesse intervalo. Isso mostra que o vício deixou de ser um fenômeno isolado e tornou-se uma questão de saúde pública. Mais do que um problema econômico ou clínico, o vício em jogos é uma doença silenciosa da alma. Diferente do álcool ou das drogas, ele não deixa cheiro, não embriaga o olhar — declarou.

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O senador ressaltou que a família tem papel fundamental na prevenção e no enfrentamento da dependência em jogos, mas enfatizou que o combate exige também a participação do Estado. Ele defendeu a criação de campanhas educativas, espaços de atendimento psicológico e grupos de apoio comunitário, além de parcerias entre governo, escolas e famílias. Para Rodrigues, políticas públicas permanentes são fundamentais para oferecer suporte aos dependentes e reduzir os impactos sociais provocados pela ludopatia.

— Que o tema seja tratado com a seriedade que merece, mas também com a compaixão e a esperança que podem resgatar dezenas, centenas, milhares de vidas. O jogo em si não é o inimigo, existe há séculos, faz parte da cultura humana. O problema nasce quando o jogo deixa de ser lazer e passa a ser uma fuga do ser humano, quando o prazer se transforma em prisão, e é aí que o poder da família, da comunidade e do diálogo precisa se sobrepor ao poder do vício — disse.

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