Sexta, 26 de Dezembro de 2025
(63)99208-1634
26°

Parcialmente nublado

Palmas, TO

Geral Tocantins

Operação Pássaro Livre do Naturatins resgata 156 aves mantidas em cativeiro na região do Bico do Papagaio

Do total de aves, 72 foram soltas após avaliação de biólogas e as 84 encaminhadas ao Centro de Fauna do Tocantins

24/04/2023 15h05
Por: Fonte: Secom Tocantins
Operação Pássaro Livre resgatou 156 aves na região do Bico do Papagaio - Foto: Naturatins/Governo do Tocantins
Operação Pássaro Livre resgatou 156 aves na região do Bico do Papagaio - Foto: Naturatins/Governo do Tocantins

Em mais uma operação de fiscalização, o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) resgatou 156 exemplares de passeriformes. Denominada operaçãoPássaro Livre, a ação de combate à criação ilegal de passeriformes ocorreu em 11 municípios da região do Bico do Papagaio, entre os dias 17 e 21 de abril. Do total de aves recolhidas, 72 foram soltas na sexta-feira, 21, e as demais encaminhadas para o Centro de Fauna do Tocantins (Cefau), em Palmas, onde chegaram no sábado, 22.

A operaçãoPássaro Livreabrangeu os municípios de São Miguel do Tocantins, Sítio Novo do Tocantins, Itaguatins, Axixá do Tocantins, Augustinópolis, Sampaio, Praia Norte, Buriti do Tocantins, São Sebastião, Esperantina e Araguatins, onde, após avaliação de duas biólogas integrantes da equipe de fiscalização, foram soltas as primeiras aves em área monitorada pelo Naturatins. A operação contou com o apoio da Supervisão Regional de Araguatins e foi acompanhada pelo representante do Ministério Público do Tocantins (MPTO), promotor ambiental Décio Gueirado.

Continua após a publicidade

As aves encaminhadas ao Cefau serão reabilitadas à vida silvestre e reinseridas em seu habitat natural. Entre as aves recolhidas, estavam as seguintes espécies: curió, coleira, bigodinho, guriatã, corrupião, pássaro preto, trinca ferro, além de periquitos, papagaio e até um casal de jacu em situação de criação em cativeiro.

Conforme o gerente de fiscalização do Naturatins, Cândido José dos Santos Neto, além de combater a criação ilegal de passeriformes, a operaçãoPássaro Livreaveriguou as possíveis infrações ambientais de maus-tratos a animais silvestres e fraudes em licenciamento de criação de passeriformes. O anilhamento científico é uma técnica utilizada no estudo das aves. Consiste em sua marcação individual com uma pequena anilha de metal na perna, e que pode ser acompanhada por um anel colorido ou por outro tipo de marcação, assumindo-se que a ave poderá ser, eventualmente, recapturada.

Durante a Operação, foram identificados indícios de um sistema fraudulento de anilhamento de aves, na região do Bico do Papagaio. O setor de inteligência em Fiscalização Ambiental do Naturatins foi acionado e o caso já está sob investigação.

Segundo Cândido José Neto, se confirmadas a materialidade e a autoria do crime, serão imputadas aos responsáveis as penalidades previstas no artigo 82 do Decreto Federal 6.514/2008, que estabelece como crime elaborar ou apresentar informação falsa, enganosa ou omissa em procedimentos administrativos ambientais, sujeito a multa que varia de R$ 1.500 a R$ 1 milhão.

Crime

O gerente de fiscalização adverte, ainda, que a criação ilegal de passeriformes é crime ambiental e é proibida por lei no Brasil. “Essas aves são muito valorizadas por sua beleza e canto, o que leva muitas pessoas a capturá-las e mantê-las em cativeiro ilegalmente”, observa Cândido José Neto.

Capturar, criar ou vender passeriformes sem autorização do órgão ambiental competente é crime previsto no artigo 29 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9605/98) e pode resultar em multas, apreensão das aves e até mesmo prisão dos envolvidos. Além disso, a criação ilegal de passeriformes pode levar à extinção de espécies e prejudicar o equilíbrio ecológico.

Segundo Cândido Neto, para criar passeriformes de forma legal é necessário realizar cadastro como criador no Sistema Informatizado de Criação de Passeriformes – SISPASS. O cadastro pode ser realizado no site do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e/ou nas agências do Naturatins. Após isso, adquirir a ave em criadouro legalizado. “Qualquer outra forma de criação de passeriformes, é ilegal e passível de sanções administrativas e criminais”, reforça.

Denúncias de criação ilegal de passeriformes podem ser feitas ao Naturatins, que realizará as fiscalizações e aplicará as penalidades cabíveis.As denúncias podem ser encaminhadas para o canal Linha Verde 0800 063 11 55 e Linha Verde Zap (63) 99106-7787.

Operação Pássaro Livre do Naturatins resgata 156 aves mantidas em cativeiro na região do Bico do Papagaio
Das 156 aves, 72 foram soltas após avaliação das biólogas e 84 restantes encaminhadas ao Cefau - Fernando Alves/Governo do Tocantins
Operação Pássaro Livre do Naturatins resgata 156 aves mantidas em cativeiro na região do Bico do Papagaio
Equipe do Cefau recebe as aves resgatadas na Operação Pássaro Livre - Fernando Alves/Governo do Tocantins
Operação Pássaro Livre do Naturatins resgata 156 aves mantidas em cativeiro na região do Bico do Papagaio
Na chegada ao Cefau, aves receberam os primeiros cuidados - Fernando Alves/Governo do Tocantins
Operação Pássaro Livre do Naturatins resgata 156 aves mantidas em cativeiro na região do Bico do Papagaio
Foto 5 - Operação Pássaro Livre-foto-Fernando Alves.jpg - Fernando Alves/Governo do Tocantins
Operação Pássaro Livre do Naturatins resgata 156 aves mantidas em cativeiro na região do Bico do Papagaio
- Fernando Alves/Governo do Tocantins
Operação Pássaro Livre do Naturatins resgata 156 aves mantidas em cativeiro na região do Bico do Papagaio
- Fernando Alves/Governo do Tocantins
Operação Pássaro Livre do Naturatins resgata 156 aves mantidas em cativeiro na região do Bico do Papagaio
- Fernando Alves/Governo do Tocantins
Operação Pássaro Livre do Naturatins resgata 156 aves mantidas em cativeiro na região do Bico do Papagaio
As aves encaminhadas ao Cefau serão reabilitadas à vida silvestre e reinseridas em seu habitat natural - Fernando Alves/Governo do Tocantins
Nenhum comentário
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.