O Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) atua desde 2007 na preservação do pato-mergulhão, uma das aves mais raras e ameaçadas de extinção. Para fortalecer essa iniciativa, o Governo do Tocantins instituiu o Programa de Monitoramento e Conservação do Pato-Mergulhão (Pro PaTO), que concentra suas ações na região do Jalapão, especialmente no Rio Novo, onde há uma população flutuante estimada entre 10 e 25 indivíduos. O programa foi instituído pela Portaria nº 213/2024, publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) em 30 de outubro de 2024.
O presidente do Naturatins, Cledson Lima, destaca que a preservação do pato-mergulhão reforça o compromisso do Governo do Estado com a proteção da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável do Tocantins. “Com o programaPro PaTO, fortalecemos a nossa atuação para minimizar os impactos ambientais e garantir um habitat seguro para a espécie. Nossos objetivos são ampliar o monitoramento, implementar novas tecnologias e envolver a comunidade local na preservação. A parceria com instituições de pesquisa é essencial e, com esforços conjuntos, acreditamos que podemos reverter o risco de extinção dessa espécie. O Governo do Tocantins segue comprometido com o desenvolvimento sustentável, garantindo um ambiente equilibrado para as presentes e as futuras gerações”, frisou.
O pato-mergulhão é um importante bioindicador da qualidade da água e do ambiente onde vive e está classificado como Criticamente Ameaçado de extinção na Lista Nacional de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção. No Brasil, estima-se que existam menos de 200 indivíduos, distribuídos entre a Serra da Canastra/MG, a Chapada dos Veadeiros/GO e o Jalapão/TO. O principal desafio para a sobrevivência da espécie é a degradação dos rios, causada pelo desmatamento, pela poluição e pelas atividades humanas que afetam diretamente seu habitat.
OPro PaTOatua para minimizar os impactos ambientais que ameaçam o pato-mergulhão por meio do monitoramento contínuo, manejo e preservação de seu habitat. O programa também prevê a gestão no âmbito dos processos de licenciamento ambiental de empreendimentos estaduais que possam representar ameaça à espécie na região do Jalapão. Além disso, estabelece o controle na emissão de licenças de uso público de operadoras de turismo que utilizam a prática deraftingem seus roteiros, assegurando que a atividade seja conduzida de forma sustentável e, ainda, apoia e fomenta iniciativas de parceiros comprometidos com a conservação da espécie, reforçando ações de proteção e conscientização ambiental.
Entre as ações previstas para este ano estão o acompanhamento das atividades turísticas no Rio Novo para reduzir impactos no período reprodutivo, censos populacionais e a busca por novas áreas de ocorrência da espécie. Além disso, o programa investe na conscientização ambiental, promovendo campanhas educativas voltadas para a comunidade local, turistas e empreendimentos da região.
Segundo o biólogo e coordenador do programa executado pelo Naturatins, Marcelo Barbosa, a institucionalização do Pro PaTO representa um avanço significativo para a preservação da espécie. “Quando a gente trabalha em benefício do pato-mergulhão, isso reflete em outros benefícios para a região, como a conservação ambiental e até oportunidades de geração de renda por meio do turismo de observação”, explica.
Um dos principais avanços do programa será o monitoramento remoto do pato-mergulhão, com a instalação de um transmissor GPS em um dos indivíduos. Além disso, os pesquisadores pretendem retomar a coleta de ovos na natureza para incubação em ambiente controlado. Após atingirem uma fase segura de desenvolvimento, os filhotes serão devolvidos ao rio. “Vamos colocar o transmissor para acompanhar os movimentos da espécie via satélite. Com isso, esperamos obter respostas sobre a área que utilizam no rio, a dinâmica de movimentação dos casais ou até mesmo a de dispersão para outras áreas. Assim, pretendemos também entender melhor os desafios que eles enfrentam”, detalha, ao destacar que essa estratégia visa solucionar uma das principais dificuldades enfrentadas pela espécie: a alta taxa de desaparecimento e mortalidade dos indivíduos, muitas vezes sem explicação aparente.
Parcerias
A iniciativa conta com a parceria de diversas instituições, como a Fundação Pró-Natureza (Funatura), a Universidade Estadual do Maranhão (Uema) – câmpus Caxias, a Reserva Conservacionista Piracema, em Almas, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), por meio da Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins e do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave).
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