Projeto de lei que eleva de três para sete anos o prazo máximo de internação para o jovem em medida socioeducativa está entre os 15 itens da pauta da Comissão de Direitos Humanos (CDH) desta quarta-feira (22), em reunião marcada para as 11h. Além de ampliar o período de internação, o PL 2.169/2019 aumenta de 21 para 25 anos a idade mínima em que infratores em medida socioeducativa devem ser liberados compulsoriamente pela Justiça.
O autor do projeto — que prevê alterações no Estatuto da Criança e do Adolescente — é o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O relator da matéria é o senador Márcio Bittar (PL-AC), que defende alterações na proposta. Entre as mudanças sugeridas por Bittar estão a ampliação do prazo de reavaliação da medida de internação; a supressão da limitação de até três meses de internação por descumprimento reiterado de medida; a retirada da redução pela metade dos prazos prescricionais para menores de 21 anos; entre outras.
No dia 8 deste mês, um projeto semelhante, o PL 1.473/2025 , do senador Fabiano Contarato (PT-ES), foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) com relatório favorável de Flávio Bolsonaro. O texto também estende o tempo de internação em medida socioeducativa no caso de infrações graves.
Outro projeto na pauta da CDH classifica a deficiência auditiva unilateral como deficiência sensorial, do tipo auditiva. O projeto do senador Rogério Carvalho (PT-SE) altera o Estatuto da Pessoa com Deficiência ( Lei 13.146, de 2015 ).
Na justificativa do projeto ( PL) 2.225/2022 , o senador ressalta que, ao contrário do que supõe o senso comum, a deficiência auditiva não atinge apenas as pessoas mais idosas. Muitos lidam com o problema desde o nascimento, e hoje já são mais de 10 milhões de pessoas com a deficiência, segundo estudo da Locomotiva Pesquisa e Estratégia —Raio X da surdez no Brasil (2019).
Rogério Carvalho afirma que a deficiência auditiva traz fortes impactos na vida das pessoas afetadas, com prejuízos à autoestima e à qualidade de vida.
A proposta que assegura o ensino remoto às estudantes gestantes e lactantes até a criança completar um ano de idade também deve ser votada pela CDH. O PL 1.796/2024 é da ex-senadora Janaína Freitas (CE) e complementa a Lei 6.202, de 1975 . A norma atual determina que a partir do oitavo mês de gestação e até três meses após o parto, a estudante terá direito às atividades em domicílio. Em sua justificativa, a autora explica a dificuldade de as mães lactantes permanecerem estudando.
“Acreditamos que é possível conciliar a maternidade com os estudos, desde que haja apoio adequado, que as instituições de ensino reconheçam e valorizem o esforço e a dedicação das mães lactantes, oferecendo um ambiente inclusivo e suporte necessário para que elas possam continuar sua jornada acadêmica”.
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que preside a CDH, é a relatora e apresentou voto favorável.
Também pode ser votado o PL 2.036/2024 , de Fabiano Contarato. O objetivo é proibir que operadoras de planos de saúde cancelem unilateralmente o contrato com pessoas idosas ou com deficiência. A medida valerá para os planos coletivos, sejam os empresariais ou os por adesão. Paulo Paim (PT-RS) relata.
Atualmente, a legislação permite que os planos de saúde promovam rescisões unilaterais, sem qualquer motivação — desde que haja previsão contratual e esse rompimento seja comunicado com antecedência de 60 dias. Para Contarato, a brecha gera uma situação de incerteza para quem mais precisa de atenção à saúde.
Só nos quatro primeiros meses deste ano, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) recebeu cerca de 6 mil reclamações sobre rescisões unilaterais. Entre abril de 2023 e janeiro de 2024, também foram registradas mais de 5 mil reclamações de cancelamentos unilaterais no portal do consumidor.gov.br, ligado à Secretaria Nacional do Consumidor, explica o autor.
A reunião da CDH será na sala 2 da ala Nilo Coelho.
Senado Federal Reajuste do Judiciário é sancionado com veto às parcelas de 2027 e 2028
Senado Federal Lei desbloqueia uso de recursos do Fundo Social para educação e saúde
Senado Federal Propostas pelo Congresso, 19 novas leis ampliaram proteção às mulheres em 2025
Senado Federal Aprovados créditos para órgãos da área de infraestrutura
Senado Federal Aprovado projeto que facilita acesso de entidades de saúde a recursos da União
Senado Federal Davi encerra ano legislativo destacando união do Congresso e desafios do país Mín. 22° Máx. 28°
Mín. 21° Máx. 28°
Chuvas esparsasMín. 21° Máx. 26°
Chuva